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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ANTÓNIO PEDRO

( Portugal )

 

António Pedro da Costa foi um actor, encenador, escritor, poeta, jornalista, pintor, artista plástico, antiquário e coleccionador de arte português. 

Nascimento9 de dezembro de 1909, Praia, Cabo Verde

Falecimento17 de agosto de 1966, Praia de Moledo, Moledo, Portugal

 

Mudou-se aos 4 anos para Portugal. Frequentou o Liceu Pedro Nunes em Lisboa até ao 2.º ano, mudando-se depois para o Instituto Nuno Álvares, da Companhia de Jesus, em A Guarda - Galiza, onde foi membro do grupo de teatro tendo participado em várias dezenas de peças. O 6.º ano acabou-o em Santarém e o 7.º ano em letras no Liceal de Coimbra, onde dirigiu o jornal O Bicho.

Ingressou na Universidade de Lisboa, tendo frequentado a Faculdade de Direito e a Faculdade de Letras, não concluindo nenhum dos cursos. Viveu em Paris entre 1934 e 1935 onde chegou a estudar no Instituto de Arte e Arqueologia da Universidade de Sorbonne e onde assinou o Manifeste Dimensioniste. Antes da mudança para Paris, fora dos principais fundadores e activistas do Movimento Nacional-Sindicalista, mas após a emigração francesa virou para o socialismo democrático. (...)

 

MEIRELES, Cecília.  Poetas Novos de Portugal.  Seleção e prefácio de Cecília Meireles.  Rio de Janeiro: Edições Dois Mundos Editora Ltda, 1944.   315 p.   (Coleção Clássicos e Contemporâneos, dirigida por Jaime Cortesão.                          Ex. bibl. Antonio Miranda

*


Sei lá das coisas perdidas!
Sei lá das coisa ganhadas!
— Sei das sombras esmaiadas
Sempre em mim anoitecidas.

— Sei dos sonhos que me embalam,
E que me fazem chorar,
Sei dos mortos que me falam,
Sei das imagens do ar.

— Não sei de mim, nem me importa,
Nunca soube de ninguém!
Sei do luar à minha porta,
Sei d´Ela que me quer bem!

...O resto pouco me importa,
Que o descubra quem n´o tem.

“Distância”, 1928

 

*


Sereno... Sereno...
Nem vento bolindo...
Perfume de rosas, de lírios, (meu bem!)
Saudades... que chuva de mágoas caindo!
E esta alma sozinha que penas que tem!

Sereno...   Sereno...
E as coisas parecem
Caladas, distantes...

— Ai Pedro, que frio!
Nem árvores! — cessem
murmúrios ondeantes
das águas do rio.

Anseios, que valem?
Serenos se calem,
Serenos, que a vida
Começa amanhã,
E as coisas, coitadas,
Quietas, caladas,
Nem deram por mim...

Não vás acordá-las,
Deixá-las, deixa-las
Que eu fico-me assim...
(E o vento a embalá-las
Serenas... e o mar...)
Oh noite, que exalas
Saudades e luar!

“Devagar”, 1929

 

*

Se ando tão triste, não digas
Porque ando triste e cansado
— Caibo na minha tristeza
Como um caixão fechado...
Ora pois, se perguntarem,
Não digas nada.   Talvez

Imaginem que este jeito
De andar tão triste, por ti,
Foi um defeito
Com que nasci.

                   
Máquina de vidro”, 1931.

 

*

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Página publicada em abril de 2022


 

 

 
 
 
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